COVID-19: um dia glorioso para a ciência brasileira. Dr Cadegiani encontra a cura pra pacientes graves; 92% de redução nas mortes

É um estudo “padrão ouro”. É duplo cego e controlado por placebo. Ou seja, cumpre todos os protocolos para agradar os mais exigentes analistas da televisão.

 

Ontem foi um dia glorioso para a ciência nacional. Foi divulgado o resultado de um estudo brasileiro muito aguardado na comunidade médica. Representa virtualmente a cura da COVID-19.

Já pode ser considerado como a “bala de prata” em pacientes com a doença avançada, com comprometimento nos pulmões.

É um estudo “padrão ouro”. É duplo cego e controlado por placebo. Ou seja, cumpre todos os protocolos para agradar os mais exigentes analistas da televisão.

O ensaio clínico envolveu 590 pacientes no total, no qual 294 foram tratados com medicamento e o restante recebeu placebo, além do suporte clínico padrão das instituições em que estavam internados. O grupo de tratamento do estudo recebeu Proxalutamida, um medicamento ainda em desenvolvimento, produzido pela Suzhou Kintor Pharmaceuticals, uma empresa da China.

A Proxalutamida nasceu como objetivo de combater o câncer. “Não é muito caro nem parece ser difícil de fabricar. A empresa que desenvolveu está em conversa com vários fabricantes”, afirmou Matheus Ferreira, especialista em Farmacologia Clínica.

O estudo, realizado no em 12 hospitais de 9 municípios do Amazonas, envolveu pacientes hospitalizados com a idade média de 53 anos, com saturação de oxigênio abaixo de 90% em ar ambiente, ou seja, precisariam obrigatoriamente de oxigênio suplementar, de preferência em alto fluxo. No início da medicação, 97% dos pacientes precisavam de oxigênio continuamente, sendo que 67% estavam em ventilação não invasiva ou em alto fluxo. Eram pacientes bem adiantados na doença, quase candidatos a intubação.

Após 14 dias, os resultados foram impressionantes:
• 3,7% de mortes versus 47,6% no grupo placebo.
• Dias de hospital: 5 versus 14.
• Intubação: 4,4% versus 52,7%.
• Retirados do oxigênio: 92,5% versus 33,3%.
• Ainda hospitalizado no dia 14: 32,8% versus 89,1%.
• Tempo para melhora clínica: 3 dias versus 19 dias.
• Efeitos colaterais graves: nenhum.

Flavio Cadegiani, o cientista brasileiro líder desse estudo, mestre e doutor em Endocrinologia Clínica pela Unifesp/EPM, possui muito prestígio no exterior. Ele é editor chefe de uma das revistas da Nature, uma das editoras mais conceituadas do meio, e já vinha fazendo um trabalho fantástico durante toda a pandemia, com alta produtividade.

Antes, Cadegiani coordenou diversos ensaios clínicos, entre eles, um com Ivermectina, Hidroxicloroquina, além de Nitazoxanida e outro com Dutasterida. Ele anunciou excelentes resultados em ambos os ensaios. Entretanto, ele não recebeu destaque na grande mídia. “O Cadegiani é um herói. E a imprensa ignora”, afirmou Claudia Paiva, professora de imunologia da UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Ele colocou R$ 500 mil do próprio bolso para fazer ensaios clínicos. Quem faria isso?”, questionou Paiva.

Na verdade, na grande mídia brasileira, Cadegiani tem sofrido má vontade de mentes coloniais. Ele foi associado a fake news em matérias desonestas, como a redigida por Leandro Demori, do site The Intercept Brasil. “Chamada que induz a um erro”, desabafou o cientista em seu Facebook, ao comentar o artigo.

Sem desanimar com os ataques, antes de iniciar esse estudo em Manaus e produzir esses resultados impactantes, Cadegiani teve outras preocupações e contatou, previamente, o fabricante, já adiantando a possibilidade de sucesso que ele acreditava que alcançaria. Ele conseguiu um compromisso da empresa em não aumentar o preço do medicamento, em caso de sucesso. “É o que eu ‘cobrei’ por não cobrar absolutamente nada para pesquisar uma molécula em que eu acredito”, afirmou o cientista.

Ou seja, Cadegiani fez dois gols de placa no mesmo jogo. Além de tornar-se um dos maiores cientistas do mundo por encontrar múltiplos medicamentos com alta eficiência, ele mostrou-se um humanista preocupado com o uso posterior, na prática, de atendimento diário dos pacientes.

“Isso deveria ser destaque na mídia e o Ministério da Saúde deveria chamar os autores para tentar implementar no SUS”, complementou Ferreira.

“Por mais cético que eu seja, ainda é difícil acreditar em nossos próprios resultados. A redução da mortalidade acima de 90% parece boa demais para ser verdade. Mas esses são os números”, afirmou Cadegiani sobre seu próprio estudo.”Até onde sabemos, a proxalutamida é o primeiro medicamento a demonstrar eficácia contra a nova variante P.1 SARS-CoV-2 altamente transmissível e patogênica”, complementou.

Se esta notícia espetacular, com imenso potencial de esvaziar brevemente os hospitais e UTIs do Brasil e do mundo todo, salvando centenas de milhares, não estiver na capa de todos os jornais nos próximos dias, com grandes reportagens, trata-se de uma continuação do que venho denunciando ser um crime contra a humanidade: o bloqueio de tratamentos eficazes.

Em relação ao resultado ter sido por entrevista coletiva, Cadegiani afirmou: “Anunciamos os resultados da mesma forma que a Universidade de Oxford fez com 6 mg de dexametasona e a maioria das vacinas o fez. Se você quiser esperar que a versão publicada para acreditar, acho que é uma boa maneira de fazê-lo. Não culpo ninguém que duvide dos resultados – eu mesmo fiz.”

“Crise de compaixão”

Em recente PodCast, o Dr. Peter McCullough, internista e acadêmico de Dallas, Texas, um dos mais respeitados cientistas liderando a resposta à pandemia, sendo o primeiro que publicou um orientação para o tratamento precoce, classificou a demora das autoridades e dos médicos em aderir protocolos com eficientes resultados práticos como uma “crise de compaixão”. McCullough também foi  testemunha especialista no Senado dos EUA, onde participou da audiência sobre tratamento precoce perante o Comitê de Supervisão do Senado sobre Segurança Interna e Assuntos Governamentais.

Veja o vídeo da coletiva de imprensa:

Apoiados pela Samel, uma respeitada operadora de saúde do Norte do Brasil, os participantes do estudo foram: Flavio Cadegiani, J. McCoy, C. Wambier, S. Vaño-Galván, J. Shapiro, A. Tosti, R. Zimerman e A. Goren.

 

Fonte: Filipe Rafaeli

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