NFTs invadem um dos maiores museus do mundo e famosa feira de arte dos EUA

A popularização do mercado de NFTs, que se intensificou desde meados de 2020, tem criado oportunidades e novos mercados dentro do setor de criptomoedas, que vão dos games em blockchain à face mais conhecida dos tokens não fungíveis, que é a arte digital, também chamada de “criptoarte”.

A entrada de grandes players neste setor não surpreende, tendo em vista as cifras bilionárias que são movimentadas nas negociações de NFTs e, mais do que isso, a grande quantidade de pessoas interessadas pela tecnologia.

É por isso que Visa, BudweiserCoca-Cola, entre várias outras grandes marcas já lançaram os seus NFTs ou se envolveram com esse tipo de criptoativo de alguma forma – a Visa, por exemplo, apenas comprou um NFT, que um diretor da companhia afirmou se tratar de “um pedaço da história do comércio global”.

Nesta semana, outras instituições renomadas anunciaram participação no mercado de NFTs. O primeiro foi o museu russo Hermitage, um dos mais conhecidos e importantes do mundo, que criou uma série de NFTs replicando alguns dos mais de 3 milhões de ítens do seu acervo.

A coleção inclui obras de Leonardo da Vinci, Van Gogh, Kandinsky e Monet, entre muitos outros. Cada obra tokenizada se transformou em dois NFTs: um ficará com o próprio museu, e outro será leiloado na plataforma de tokens não fungíveis da corretora de criptoativos Binance.

Além de uma versão digital da obra original, os NFTs do Hermitage também uma certificação do museu com assinatura, data, hora e local – o próprio museu – que ficarão salvos nos metadados do token, imutáveis no blockchain. Os tokens já estão disponíveis na platafor, em leilão que se encerra no dia 7 de setembro.

“O Hermitage é um inovador conservador – um museu conservador que usa a tecnologia mais recente. Isso inclui nosso projeto ‘Your token is kept in the Hermitage’ e todos os nossos empenhos com NFTs. Estamos expandindo as oportunidades de conhecimento digital com as coleções do Hermitage, com seus corredores e edifícios. São formas que enfatizam o caráter democrático do museu e, também, a acessibilidade ao luxo de visitá-lo”, disse Mikhail Piotrovsky, diretor do Hermitage. “Mas não vamos resolver nenhum problema financeiro com a ajuda de tokens, não temos expectativas de mercado em relação ao seu lançamento. Queremos ver como isso será percebido. NFT é uma filosofia, é uma estética de posse. As cópias digitais de arte enchem a Internet, onde basicamente todos têm acesso a elas, mas NFT é um sentimento de propriedade e, no nosso caso, um sentimento de pertencer ao Grande Museu”.

Brasileiros vão expor NFTs em famoso evento dos EUA

Pela primeira vez em sua história, a Hamptons Fine Art Fair terá espaços dedicados aos NFTs. A feira de arte, que não expõe obras avaliadas em menos de 10.000 dólares, terá diversos tokens não fungíveis de arte digital à venda em sua edição 2021, que começa nesta quinta-feira, 2.

Algumas dessas obras são fruto da parceria entre Dux Cripto, Menta Land, Financial Move e a galeria Saphira & Ventura, que levará ao evento uma série de obras de arte digitais (ou digitalizadas). Entre os NFTs que serão expostos no evento pelo grupo, obras de artistas do porte de Keith Haring, Philippe de Kraan e Gisseline Amiuny, e grandes nomes brasileiros como Laura Pretto Vargas, Rene Nascimento, Alexandre Mavignier e Paula Klien.

“Os NFTs são uma evolução da forma de expressão artística e representam uma tendência que já está mudando a lógica do mercado de arte em escala global. É um orgulho muito grande para a Dux levar inovação para a Hamptons Fine Art Fair. Queremos seguir expandindo nossa atuação pelo mundo, ajudando cada vez mais artistas, galerias e investidores a entrar no universo das NFTs”, disse Luiz Octávio Gonçalves Neto, CEO e fundador da Dux Cripto.

Além deles, outros artistas, de outras galerias, também levarão obras em NFTs para o evento americano. Paula Klien, que também vai expor a sua “criptoarte” na ArtRio 2021, evento que também terá exposição de NFTs pela primeira vez neste ano, é uma delas.

À Hamptons Fine Art Fair, a carioca vai levar uma versão digital de um trabalho de nanquim sobre papel, feito em colaboração com o sound designer Antonio Simonetti.


Fonte: Exame

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