Pirataria de jogos ameaça produtores de conteúdos

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Os Jogos Olímpicos estão aí, e o roubo de conteúdo de alto valor e de propriedade intelectual ameaça empresas responsáveis pela transmissão dos jogos. Com o incremento da qualidade dos conteúdos produzidos e a capacidade de disseminação da internet, piratas conseguem retransmitir jogos em sites e cobrar dos usuários por esse serviço.

Na Copa do Mundo de 2014, mais de 3,7 mil vídeos ilegais foram interrompidos pela Irdeto, uma das empresas líderes em segurança para plataformas digitais. Isso representou mais de 10 milhões de espectadores ilegais e perdas superiores a US$ 20 bilhões para as empresas responsáveis pelos direitos da transmissão dos dados. “Existe uma ruptura forte acontecendo nesse mercado, que deixou de ser apenas dos broadcasters para ser também das empresas provedoras de serviços de telecom. Isso aumenta a capilaridade, o que é positivo na medida em que os conteúdos chegam para mais usuários, mas aumenta as vulnerabilidades”, alerta a diretora regional de vendas para a América Latina da Irdeto, Alexandra Larsson.

Um dos modelos de transmissão ilegal acontece, por exemplo, quando um usuário utiliza um set-up-box legal para fazer uma retransmissão. Eles disponibilizam conteúdos que deveriam ser de uso privado em sites e vendem a programação a um custo menor para os internautas. Muitas vezes, quem adquire dessa forma um jogo de futebol, de basquete ou um filme não sabe que o conteúdo é pirata. Isso porque, cada vez mais, as transmissões originais são feitas em altíssima qualidade, preservando a imagem.

Além disso, muitos dos sites que comercializam esses conteúdos costumam ter uma apresentação bem profissional. “A dica que damos para os consumidores é buscarem sempre fontes confiáveis de transmissão de conteúdo, conhecidas na sua região”, observa.

A pirataria de propriedade intelectual tem sido uma questão relevante entre broadcasters e produtores de conteúdo, principalmente na área do entretenimento – grandes estúdios de cinema, operadoras e conteúdo distribuído por aplicativos nas lojas da Apple e Android são pirateados e seu conteúdo distribuído ilegalmente na rede. No Brasil, o filme Tropa de Elite foi visto por cerca de um milhão de pessoas antes mesmo de estrear nos cinemas, em 2007.

O trabalho da Irdeto, explica a executiva, tem sido o de alertar o mercado e disponibilizar soluções que ajudem a proteger os conteúdos de clientes como produtores de conteúdos tradicionais, como operadoras de TV, e provedores de internet que oferecem conteúdos em vídeo. São soluções automatizadas que podem detectar e interromper esse vídeos, como indexadores de pesquisa a sites, e até uma marca d’água aplicável aos vídeos

A empresa é holandesa e tem cerca de 900 profissionais no mundo, sendo mais de 70% na área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). “Segurança é um tema complexo, não é commoditie. Precisamos investir muito para construir soluções que ajudem os clientes”, diz a executiva.

 

Fonte: http://goo.gl/R3r6kl  

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